sábado, 19 de dezembro de 2009

o sábado à noite e o nada

Ah, unhas rosa-choque, tudo está tão faltoso hoje. E agora me vieram lágrimas nos olhos. Um sábado tão, tão, tão profundamente vazio. O que está acontecendo? Unhas rosa-choque não combinam com vazio e com esse sábado triste lavando roupas e louças, levando o lixo pra lixeira do prédio e lendo aquele livro tão triste e com personagens tão solitários. Cheiros tão agradáveis de comidas caseiras que me lembram cenas familiares ao redor de uma grande mesa de jantar estão atravessando a janela e me acariciando como se me convidassem a sair flutuando no ar em busca de sua fonte como nos desenhos animados. Ouço Sigur Rós. Olho para as minhas unhas e as balanço no ar em busca de algum movimento colorido que me traga alegria. Não estou triste, nem alegre. É mais uma sensação-isopor, não sinto nada, não consigo distinguir o que se passa em mim. Esse vazio tem gosto de isopor. E tudo que eu queria pra esse sábado era um sabor diferente, exótico ou então algum comum mesmo, mas algum sabor em vez desse isopor insosso. Abri o google e procurei uma receita de bolo de brigadeiro. Cozinhar pode ser uma boa terapia para dias assim. Não tinha farinha, nem fermento. Problema de se morar sozinha porque essas coisas sempre estavam presentes na minha antiga casa. Depois procurei receitas de risoto, mas não devo comer arroz. Aí vem minha obsessão pelo meu corpo deformado pelos meus olhos perfeccionistas. Então deitei-me no sofá, liguei a tv na novela e a assisti, assim num surto de fazer coisas que nunca havia feito num sábado à noite ou mesmo em qualquer outro dia da minha vida. Não sou muito o tipo de pessoa que assiste a novela da noite, no máximo algumas olhadelas no vale a pena ver de novo. Cilada e seu último episódio foram trinta minutos de diversão. Agora isso aqui que eu não sei o nome. Não estou triste. Mas não sei o nome. Então voltarei para a única coisa que me espera: meu bom livro e minha cama. Semana que vem eu desconto essa sensação de nada lá na praia com um copinho na mão e um sorriso no rosto.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

pensamentos e horizontes

Por precisar colocar os pensamentos em ordem ou simplesmente dissipá-los por um instante que seja, corri para a janela da área de serviço, encaixei-me ali num espacinho que sobrou, coloquei a cabeça pra fora e olhei o horizonte. Vento balançando meus cabelos, o mesmo que espalhou meus pensamentos por algum lugar do horizonte ainda ensolarado. Lembrei-me, então, do meu lugar preferido na minha antiga casa: a aconchegante varanda. Eu costumava sentar ali, sobre algum tapete qualquer quando algo não estava bem ou quando precisava esquecer o mundo-problemático ao meu redor ou quando estava com vontade de me sentir bem. Era tão fresquinho e eu tinha contato com o mundo exterior sem precisar sair de casa, é como se eu ficasse no limiar entre o dentro e o fora, aproveitando os bons pedaços de cada um. Aqui, em minha nova moradia, só me restam as janelas e os espaços apertados perto delas para colocar a cabeça pra fora, não tenho mais um lugar-meu, um lugar-preferido. Ao olhar o horizonte, o relógio marcava aproximadamente 18 horas e alguns minutos a mais, mas o sol, por ser horário de verão, me dizia ser mais cedo. Acreditei no sol. Olhei, então, para o outro lado da cidade, onde você se encontra provavelmente e fiquei com um sentimento de nostalgia e de não-mais, que, por sinal, é um sentimento horroroso. Você me deixa sem pernas, sem chão, sem norte. Não-mais. E claro que sempre haverá aqui dentro desse coração-bobo-e-crédulo uma magia que me diz “ainda”. Teimo em me segurar nessa voz. Depois fui falar sobre você e as pessoas não entendem, seria melhor que eu ficasse calada e deixasse apenas minhas vozes internas falando e falando aos meus ouvidos o quanto você é tudo aquilo que eu quero em um homem, sem tirar, sem por. Eu precisava tanto de um sorriso, de um “oi, Rê”, de um ainda. Preciso ir embora desse espaço onde sou bem compreendida, desse espaço-meu-virtual porque a sociologia me espera e o motivo porque as pessoas dançam e a vida também. Mas eu juro que eu largaria tanta coisa pra poder te falar dessas coisas que sinto e ouvir você sussurando nos meus ouvidos daquele jeitinho-seu. Estou sofrendo sozinha. Quem sabe uma hora passa, quem sabe dure uma vida inteira. Não sei.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu sou fraca!

Ai, eu precisava vir aqui dizer essas coisas que estão dentro de mim, aqui nesse lugar-meu, onde ninguém possa ouvir. Eu sou fraca. É uma confissão. Afinal a vida de todo mundo é agitada e uma vida assim não faz mal às pessoas assim como faz a mim. E eu gosto de uma vida agitada, mas meu corpo não está mais conseguindo acompanhar o ritmo, responder às minhas expectativas para ele, para a minha vida. Eu sou exigente, em tudo. Os meus padrões são muito altos e todo mundo sabe disso. E eu sofro tanto com essa minha mania de exigência. Estou baqueada, se vou à aula é mecanicamente, meu corpo está lá, mas eu não sou inteira nisso, porque a minha vontade é outra, sentar numa sala de estudos all day long e estudar para o concurso porque eu não aguento imaginar a possibilidade de me formar e ter que procurar um emprego na educação física e eu não quero. Porque eu batalhei tanto pra que isso não acontecesse e não quero parar de remar enquanto enxergo o pedacinho da praia lá longe, eu sei que ela está chegando, está perto e preciso continuar remando, mas talvez os meus remos tenham se perdido, alguém, por algum motivo, os tirou daqui, remo com as mãos na água, canso tão mais. Eu sou fraca, eu não sei fazer as coisas sem paixão, sem vontade, sem estar gostando do que estou fazendo. Então, já que não gosto, mas tenho um objetivo maior - o tal canudo que meu pai tanto quer - preciso continuar sem forças, sem paixão, sem vigor. Arrastada, arrastando-me. E enquanto gasto todas as minhas energias nisso, fica o outro lado abandonado, enfraquecido e minha mente só pensa nisso e em como sou incompetente. Meu corpo e minha mente estão em luta. E eu vou continuando sem poder, continuando, continuando.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O outro lado.

Eu odeio quando tenho crises adolescentes e fico aqui toda instável com medo da negação da vida para mim. Na maior parte do tempo, eu tenho sido estável, não tenho tido medo do que tiver que vir. E eu vejo uma foto e meu mundo cai e é adolescente demais para a minha idade biológica sentir esse turbilhão de sensações que vão e que vem, que sobem e que descem. E eu precisava tanto estudar e eu vou estudar, mas em cada linha daquele texto sobre a abordagem humanista eu gastarei vários minutos tentando concentrar-me no que está escrito, enquanto meus pensamentos envolvem minha mente com suas previsões sombrias para aquilo que está aí, jogado sem destino, sem rumo e direção, para aquilo que está solto sem dono, mentira, seus donos apenas não guardaram seus pertences nos lugares certos. E hoje minhas palavras estão completamente sem sentido, aleatórias de um jeito estranho, sem conexões lógicas, exteriormente falando. Mas já dizia o Caio que o ponto crucial em escrever é o dedo na garganta. E é onde o meu se encontra e me deu uma ânsia de vômito, mas está saindo tudo aos poucos, são pedaços muito mal mastigados de carne, não conseguem sair rápido, o processo é demorado. E, penso eu, que não tenho direito a essas coisas normais e enfeitadas e alegres que a gente faz questão de guardar bem guardado num lugar especial do nosso coração. É como se isso fosse um mundo à parte e do oooooooooutro lado estou eu. Eu, vestidinho rosa abaulado, tênis estilo all star branquinho de menininha e laços bonitos nos cabelos, lágrimas nos olhos. Do outro lado o pirulito gigante, a cidade dos sonhos, o escorregador de arco-íris, tudo parecendo com o mundo com que tanto sonhei dos ursinhos carinhosos e aqueles carrinhos bonitinhos que andam voando. Entre mim e a cidade dos ursinhos carinhosos há um precipício e trovões que me assustam. Acostumada, porém inquieta com a situação, desiludida, mas sempre acreditando, eu sento sobre uma pedra empoeirada que suja meu vestidinho rosa e observo, sonhadora, os ursinhos carinhosos e seus amores e sua cidade dos meus sonhos. Será que um dia eu consigo entrar lá? E lá dentro eu guardo a esperança de que seu carro voador cheio de coraçõezinhos daquela cidadezinha feliz venha me resgatar e me levar para o outro lado do precipício. Eu acredito tanto nisso e às vezes dói a ausência, o silêncio, o vazio. Hoje, agora, apertou.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uma carta que nunca conhecerá seu destinatário

"Your so sweet it makes me cry" é o que Jonathan Rice canta nos meus fones de ouvido, são 01:03 da madrugada, a casa está silenciosa e vazia de movimentos, sua foto está aberta no meu computador e eu olho pra ela enquanto escrevo, é como se você me olhasse e eu fico com vergonha, não consigo manter os olhos nos seus por muito tempo, há um sorriso cheio de paz nos meus lábios, lembro-me da Felicity e do Ben. Confesso que me deu um medo de estar sendo uma pessoa louca e obsessiva por estar nessa situação um tanto quanto patética. Mas essa sou eu mesma. Tento mudar a música, mas não consigo. Agora tudo no meu dia-a-dia me lembra você muito mais porque você entrou no meu território. Faz sentido essa situação em que me encontro? Ou não tem pé nem cabeça? Eu não quero que nada se apresse, nem que diminua o ritmo, eu quero que seja o que está sendo e o que tem que ser, mas eu só não quero ver o que não existe. Eu posso até reclamar bastante internamente, mas eu estou feliz, feliz assim-desse-jeito. Nós caminhamos a passos tão curtos e eu gosto. Nós estamos mesmo caminhando, não?

Pensamentos soltos entre dálmatas e café com leite

Minha caneca amarela dos dálmatas, que tenho desde mil novecentos e antigamente. Leite quentinho com café, meu predileto. Uma golada grande e lenta. Fecho os olhos. Sento-me no sofá, melhor, encolho-me nele. Ouço Kate Perry, acho adolescente, mas gosto de variar. E é bom. "Thinking of you" me dá vontade de chorar, só agora. Penso nas aulas da tarde que faltei, no seminário que tinha que apresentar, no francês e lembro-me, por relapso, que ainda estamos em outubro. Choro. E penso no Ted, as always. E acho brega e adolescente dar esse apelido pro Ted. Mas isso é coisa minha e when it cames to me, eu posso everything, ok? E eu me lembro do azeite e me dá uma vontade crazy de chorar, o azeite derramando na minha maçã, a salada dentro do carro, o carro sujo, a solidão do almoço. Foi principalmente por isso que eu saí correndo dali e vim pra casa e dormi boa parte da tarde e não estudei psicologia e nem comecei a estudar pro grande concurso of my life e são tantas coisas por fazer. Então dou uma última golada e coloco Elis e Tom para tocar: "É, só eu sei quanto amor eu guardei". E essa semana não está sendo particularmente a minha semana e eu estou somatizando toda essa preocupação, estou toda perebada. Os dias se passam arrastados e me arrastando, está sendo desconfortável, pra falar a verdade. O meu alívio é que novembro está chegando e novembros são tão doce novembro, espero que esse seja também. Ah, preciso tanto de um refresco, na mente sabe?

domingo, 25 de outubro de 2009

Reflexões em momentos chuvosos

A chuva, de novo ela. A solidão, minha amiga de longas datas. A falta, um sentimento antigo. A música agridoce que o Léo, beu abor, me mandou. Abaixo o volume da música para ouvir o barulho da chuva. Talvez, quem sabe, ela não queira me dizer algo. A janela ficou embaçada, olhei através dela, através do embaçado lá pra fora, mas daqui não posso ver nada. Imaginei que se não for seguir minha intuição, seguirei o quê? Ela é o que eu tenho. E ela pode estar errada, mas quero saber que fiz o que acreditava que deveria. Vai chuva, chove mais, aqui em mim, aqui dentro da minha alma cansada dessa aridez. Então ele, a minha chuva, resolve chover nesse deserto e eu não quero ficar me perguntando quanto tempo a chuva vai durar ou se ela choverá todos os dias pra saber se eu fico feliz por ela ter colaborado para a extinção, mesmo que momentânea, da sequidão da minha alma. Há muito estou cansada de me preocupar com o que pode vir a ser. Lembrei do Ted, muitas vezes ele deixou a Cris "na mão", sem uma carta ou um telefonema. Mas tudo tem o seu tempo. E eu quero enjoy the exact moment. Now I'm happy e é isso o que me importa, sinceramente. Ufa! Agora eu consegui me entender.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A chuva intensificando meu sentimento de quero-aqui-perto

Não é segredo mais que ultimamente (ou talvez sempre) eu só escrevo quando a corda está apertando o meu pescoço, então venho berrar aqui pra ver se alguém escuta esses meus ruídos inaudíveis. E só eu mesma escuto e já é um grande alívio escutar-me. Está chovendo, o dia tão cinza, tão embaçado, as gotículas de água na vidraça da janela e Ryan Adams cantando e tocando sua gaita maravilhosa aos meus ouvidos. Eu estava dirigindo e me deu um pavorzinho porque os vidros do carro estavam embaçados e o desembaçador não funciona e minha lente de contato está com o grau desatualizadíssimo (fiquei sabendo disso semana passada e ainda estou petrificada em saber que agora tenho 7 graus de miopia, tá e eu sei que a unidade não é grau, mas não me lembro qual é, anyway). Aí vem o Ryan cantando uma música mais agressiva e acho que isso vai me ajudar a botar-pra-fora, as palavras. Eu não sei se é o tempo ou os acontecimentos ou a distância e pode muito ser a chuva, mas hoje me deu uma saudade muito absurda e do tamanho de um mundo inteirinho e nem está cabendo em mim, me explodiu, está saindo pelos meus buracos, está jorrando saudade por todos os lados e se mistura com um sentimento bobo-tão-grande, que, de tão grande, nem cabe em mim também. Sou tão pequena, é assim que me sinto um-pontinho-de-gente-não-sei-quantos-andares-lá-embaixo-da-torre-de-tv. Eu juro que não sou de suspirar, mas até isso eu tenho me tornado. Agora, sem perceber, um suspiro tão sofrido. E dói ficar acreditando que tudo faz parte do meu conto-de-fadas-que-não-existirá-nunca-porque-isso-aqui-é-mundo-real. Talvez fosse melhor um adeus, uma quebra, um nunca mais, estou cansada dos nossos imensos espaços entre cada tchau. E eu tento me acostumar a ficar sem você em cada infinito espaço desses. "Why would you have to be so cute? It's impossible to ignore you" é o que Imogen Heap está cantando pra mim e aquela saudade que eu disse antes está jorrando, você precisa ver como eu pareço um bueiro entupido, jorrando, jorrando e jorrando. A coisa tá feia aqui, meu bem. Se o sol não surgir e as gotículas de água não pararem de embaçar a vidraça da janela e o dia não deixar de ser cinza, eu não garanto integridade, porque sou só pedaços de mim e, assim, não consigo me juntar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A mesma coisa de sempre, variada.

Ok, estou precisando conversar, vomitar as palavras em cima de alguém, mas coitado desse alguém, né? Então vou fazer isso aqui mesmo, pra mim mesma porque ninguém é obrigado a ouvir meus assuntos repetitivos e deprimidos e enjoativos. E eu sou eu, eu ouço, eu sinto essa mesma coisa sempre, essa mesma coisa variada. Pra começar, se é que tem um começo, eu não aguento mais ir para a faculdade e nem é que as coisas lá são chatas, o negócio é comigo, eu que estou cansada daquilo, de acordar cedo, de 'viajar' até a faculdade e andar o dia inteiro lá naquele sol que me faz suar (ah, é tão ruim ficar suada all day long). E eu avisei que seria chato ouvir e que é super reclamativo esse tal assunto. Eu queria estar estudando, não que eu queria, mas eu precisava porque eis que o sol brilhou especialmente pra mim nesses dias e surgiu um bom concurso e eu juro que queria meter a cara e o corpo todo nesse estudo, como quando abandonei o mundo e os amigos e a tecnologia por um bem maior que, convenhamos, melhor não dizer, está chegando, está chegando. Agora sou otimista, otimista reclamona. Estranho, é. E eu nem quero reclamar, eu só quero tirar de mim essa baguncinha de sensações que estão me deixando mau humorada, depois eu volto com força total pra essa vidinha que não é o que eu quero, mas vai me fazer chegar lá. Eu acredito, eu tenho acreditado tanto. Impossível alguém se dedicar e se dedicar e se dedicar a algo e esse algo fugir-lhe das mãos. Não se sabe o tempo, mas sabe-se que é o certo. Conceito tão complexo e relativo, mas é justamente ele que quero utilizar. Certo para a minha vida se encaixar. Em algum lugar, não sei. Hoje eu chorei enquanto voltava da faculdade, chorei sob meus óculos de grau fraco que me fazem enxergar embaçado. Depois olhei meu reflexo no retrovisor e achei tão feio que fiz força pra parar. Eu estava descarregando meu cansaço de espera em Deus, Ele me entende, eu não estava brigando, nem cobrando nada (quem sou eu para cobrar alguma coisa?), eu só estava querendo colo e Ele me deu. Eu pedi sabedoria e inteligência e força de vontade, ânimo, essas coisas todas que têm me faltado ultimamente. Eu sei que ele está me dando isso. E, enquanto eu escrevo aqui, todo meu pavor de hoje mais cedo está se dissipando e, no lugar dele, entra um arzinho gelado de frescor, de coisa nova, de expectativa boa, de tranquilidade e isso leva embora minha gastrite que eu não tenho, mas que estava com suspeitas de tanto que eu estava estressada e guardando meus temores, enrugando minhas expressões faciais. Xô, coisa ruim. Eu quero esse ventinho com frescor de pasta de dentes. Vezenquando a gente precisa mesmo é de um pit stop, trocar os pneus (no meu caso, acabar com eles, please), abastecer o tanque com energia boa. Ah, quer saber? Nem lembro mais das cem mil coisas ruins que eu iria escrever aqui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sobre lembranças que me fizeram chorar

Por que tudo, depois que passa, se torna lindo e perfeito, sendo que, no momento exato em que acontecia, não parecia tanto com um conto de fadas quanto hoje? Pessoas felizes, sorrisos, viagens, hortências coloridas por toda a estrada e mais sorrisos no rosto e poses para fotos. Eu sinto tanta, tanta, tanta falta desse tempo em que éramos uma família. Ninguém morreu, todos estão vivos, mas cada um com a sua vida tão distante um do outro, cada um tentando, provavelmente sem sucesso, ser feliz. E tudo que se separa, se quebra, se divide anda pra trás. Não estamos mortos, mas morremos um pouco no dia-a-dia um do outro, morremos um pouco, talvez, no coração um do outro. Eu usava roupas tão coloridas nas fotos e a Suelen também. Eu acho que roupas coloridas expressam sua alegria de viver, foi assim que interpretei tudo isso. Tanta alegria de viver, meu Deus, eu havia esquecido como é isso. Não, não sou infeliz, mas aquela alegria parecia (e era) tão pura. E a vida deu essa volta toda pra me trazer aqui, nesses 45 metros quadrados tão sofridos que só não são mais sofridos por falta de espaço (não, eu não gosto nunca daqui) com essa geladeira com ovos e leite condensado e geléias e blanquet de peru e gelo e beterraba e cebola (agora me diga que mistura comível posso fazer com isso?). Eu sinto falta da geladeira da minha antiga casa, quando ela era habitada por todos os seus moradores: eu, meu pai, minha mãe, Su, Maria e Xuxo. Eu queria agora sentar na cama dos meus pais, como fazia todas as noites, e dizer a eles que hoje foi meu primeiro dia de aula no jardim de infância e que meus alunos são lindos e que são um pouco bagunceiros, mas a gente supera e que teve lanche e era pão com requeijão e leite com nescau e eu achei a Júlia uma menina linda em todos os sentidos. Eu queria contar que hoje eu almocei com o Léo e amigos no vegetariano do ICC norte e que a torta de frango com legumes é muito boa e satisfaz, mas, às 4 da tarde, quando eu estava saindo da FE, eu senti um cheirinho ótimo de pão de queijo e me deu vontade de comer, mas eu não tinha nenhum real e fui direto pro dentista de lá e ela fez limpeza nos meus dentes e, enquanto ela tirava os tártaros, eu tive a sensação de que ela estava arrancando dente por dente e que eu sairia dali banguela (juro que morri de medo). Também queria dizer que hoje, na academia, eu fiz aula de body pump e tenho dificuldade para malhar membros superiores, mas adoro malhar os inferiores, A-DO-RO o ardor das minhas pernas enquanto faço um milhão de agachamentos com aquela tonelada nas minhas costas. E eu diria outras coisas, meu pai me perguntaria algumas outras e se interessaria pelos meus assuntos por mais banais que eles fossem e ficaria entusiasmado. E eu daria um abraço em meus pais e um beijo e aí sim eu poderia dormir em paz. Porém, a vida deu voltas e eu estou aqui dizendo tudo isso que queria dizer a eles (sentada em sua cama aconchegante) a esse computador idiota que não tem sentimento nenhum, mas que me ajuda a extravasar os meus em excesso. E a coisa que mais me dói nessa vida é aquilo que já foi um dia e que NUNCA mais poderá ser de novo. Eu odeio o NUNCA.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sobre procrastinações e suco gástrico e aula de jump

Em dezessete minutos eu preciso estar pronta para ir à academia, porque hoje eu já procrastinei coisas demais, inclusive a aula de local, inclusive a musculação, inclusive meu estudo for all morning long, inclusive eu, inclusive tudo. Mas eu quero escrever porque eu ainda acho que, dessa forma, eu conseguirei colocar pra fora esse alimento mal mastigado que está me deixando doente, com angústia. Eu estou com essa sensação de que deveria estar fazendo algo que não estou, algo pra mim, com relação a mim e com mais ninguém. Eu, eu mesma. Mas eu não sei o que é. Todos os dias frios e chuvosos e cinzas me deixam assim com esse vazio oco com gosto de suco gástrico subindo o esôfago e chegando à boca, suco gástrico com pedaços mal mastigados de tortelete de morango. E eu sei que não é falta de ninguém porque eu sempre afasto com minhas facas internas e espinhos grudados em minha epiderme todas as pessoas que tentam me fazer bem, eu vou lá e as furo imediatamente, furos profundos, que deixam sangue, muito sangue. Afasto mesmo. Ativo meu mecanismo de defesa imediatamente. Depois tento voltar atrás. O que eu quero da vida? De mim? Por que eu não faço o que eu preciso? Eu procrastino, procrastino, procrastino e isso está me deixando doente. Estou doente de alma. E sei o remédio e não tomo e o deixo em cima do armário. Ah, darling, agora preciso pular um pouco na minha aula de jump pra esquecer todos esses pensamentos por alguns 45 minutos. De 45 em 45 minutos a gente vira um dia, uma semana, um mês e, de repente, passa. Não?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sexta-feira muito da não-promissora, prometa-me algo!

Fones de ouvido. Nunca pensei sentir tanta falta de um simples objeto propagador de sons. Ah, mas agora, neste-exato-momento, ele me faz taaaanta falta! I need music nos meus ouvidos. Moon river, maybe. Something classy. Sem meus fones de ouvido não tenho inspiração, ok? É tarde de uma sexta-feira muito não-promissora e como odeio sextas-feiras não-promissoras! São duas palavras que não combinam. Sextas têm que pro-me-ter, baby. Anyway, minha vida não tem prometido nada mesmo. Um-dia-após-o-outro-não-promissor, esse é o resumo da minha vida ultimamente. Tá, acontece uma besteirinha aqui, outra lá, mas nada que me deixe com frio na barriga antes de escolher a roupa que deverei usar, nada que me faça perder a fome (ah, isso seria ótimo em tempos como este em que estou me achando uma orca gorda encalhada na praia de guanabara, baby. Uma orca gorda que não para de comer brownies alemães e barras inteiras de talento branco com passas enquanto assiste à novela da tarde - yes, darling, férias nos destroem!). Eu gostaria muito de - só por hoje - ser a Holly Golightly, tomar uma taça de champagne antes do café da manhã - assim como Paul Varjak, eu nunca fiz isso -, sair andando pelas ruas meio sem destino e ir ao club 21 e tomar todas as taças de drinks possíveis e imagináveis e só voltar pra casa depois de estar bêbada. Ou nem é preciso nada disso. Eu só quero alguma coisa promissora pra hoje. Ou, pelo menos, alguma coisa. Que tédio, dels!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amizades

Cada uma de um jeito, mas sempre tão importantes e necessárias. Eu tenho uma amiga 911: posso contar com ela a qualquer hora do dia ou da noite, se preciso ir ao outro lado da cidade às 8 da manhã de um domingo e ligo para ela, ela vai comigo. Se estou com fome, no parque, gripada, ela vai até lá levar comida pra mim e me levar pra casa e cuidar de mim. Também tenho aquela amiga que me dá sempre um empurrãozinho na vida, um dia ela me chantageou para que eu deixasse de preguiça e fosse à academia, ela me incentivou a entrar num cursinho pra concurso e isso me fez encontrar um caminho diferente para a minha vida, ela é minha companheira para as atividades saudáveis como corridas no parque, companheira para momentos sex and the city, para momentos cult no Rayuela, ouvindo poesias sobre a época do militarismo em plena terça-feira, à noite, tomando um cosmopolitan e comendo o pedaço de pizza mais caro da cidade. Ela me incentiva a ser uma pessoa melhor, sempre. E, se estou deprê, ela é a primeira e não passar a mão na minha cabeça e me mandar levantar e parar de frescura. Há também aquela outra amiga que sempre me faz companhia nos domingos entediantes da vida, adora me acordar ao meio dia dos domingos para irmos almoçar, fazemos companhia uma para a outra nas datas comemorativas chatas, me incentiva a me alimentar melhor, me ajuda a lavar as louças sujas da casa e a fazer almoço naqueles dias em que a única coisa que eu iria fazer era deitar no sofá e dormir all day long, sem comer por causa da bagunça na cozinha e da preguiça em me mover. Há aquele outro amigo, também, pra quem eu ligo quando estou muito mal, engraçado que ele é a primeira pessoa que me vem à cabeça para esses momentos (depois da minha mãe), ele me acompanha aonde quer que eu queira ir, na hora que for, ele se esforça para me ver bem quando estou mal, ele faz camarão e me acompanha em viagens à casa do meu pai, em outra cidade, quando papi está meio pra baixo.Alguns amigos já foram tão importantes, mas nossas escolhas acabaram nos afastando, eu sei que ainda são meus amigos, ainda estão lá pra mim e eu sinto saudades. Cada um de um jeito e com a sua importância. Eu os mantenho guardados numa caixinha colorida, no meu armário. Dentro dessa caixa existem várias e várias cartinhas de diferentes momentos da minha vida, que cada um escreveu para mim. Às vezes, abro essa caixa e leio os meus tesouros e vejo o quanto sou abençoada por ter cada uma dessas pessoas em um pedaço da minha vida, algumas na minha vida inteira.

domingo, 19 de julho de 2009

O quê tanto me atrai em você?

É essa sua leveza de vida. Parece que viver, pra você, é algo muito confortável e natural. Não tem nada a ver com o meu jeito desconfortável e sofrido de viver, com os meus choros reprimidos jorrados em noites vazias e musicadas com ritmos depressivos, com minha mania de dramatizar to-das as coisas, inclusive uma simples torrada. Já você tem essa aparência saudável, alegre, tranquila. Eu queria te ver mais vezes, por mais tempo pra poder roubar essa sua confortabilidade-de-viver, eu queria um pouco disso na minha vida, mas a sua tranquilidade não nos permite passar mais tempo juntos. Deixa ser, deixa estar - seu lema.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

De galho em galho

Eu sou uma fraude! Estava agora mesmo me auto-sabotando, usando meu orkut pra stalking you. Mas não adianta, tá tudo travado, entro no álbum e ele está travado e do que adianta, eu sei todas as suas x fotos de cor, eu sou doente, eu as salvei no meu computador e fico olhando quando me dá saudade. Aí olho as suas comunidades. Tem uma que fala que nada, nem ninguém vai te mudar, você é o que é. Você tem personalidade. Além de ser forte, lindo, novinho e MUITO divertido e legal e gente boa, você também tem personalidade. Ow, não dá pra você me mostrar uns defeitinhos, não? Tá bom, eu já sei apontar um defeito seu, mas até isso me faz gostar mais de você. Sem esse seu defeitinho eu não teria tanto interesse por você. Ontem eu fiquei com uma raiva de você, da situação toda. Eu consigo ser tão patética. Eu joguei meu celular com tanta força contra algum lugar qualquer onde ele fosse parar. Ele é resistente, mas eu não. Ele não quebrou, eu sim. Mas não se importe, eu estou anestesiada, nada mais me comove, ok? Então, já que de você eu sei que não posso esperar nada, espero o outro me ligar. Eu ando tão carente, uma ligação, um oi já me faz sentir melhor. E nada. Veio aqui disse coisas e mais coisas lindas, as mais lindas que alguém já me disse em toda a minha vida, acredita? Por isso fiquei balançada, meu coração balançou, poxa. Tive vontade de entrar nesse escuro e enfrentar whatever tivesse nele. Mas aí você some. E eu nessa agonia. Uma ligação. Um oi. Um abraço demoraaaado. Um carinho nos pés (adoro seu carinho nos pés). E nada. Uma semana. E nada. Mas não se preocupe, eu sou anestesiada, ok? Nada mais me comove.Agora, ao som de shout out louds, eu me pergunto: Será que algum dia alguém conseguirá me fazer deixar de ficar pulando de galho em galho e me prender forever? Porque, na real, eu só preciso de um galho, mas nenhum desses tem se mostrado forte o suficiente para me aguentar.

terça-feira, 14 de julho de 2009

uma menina dos anos noventa

Me deu uma vontade tão grande de ser aquela menina dos anos noventa, com mochilinha de ursinho, all star rosa, calça jeans e uniforme da escola. A menina que cantava as músicas do jota quest super empolgada, que se emocionava com um simples chocolate ganhado no meio da rua de alguém importante ou com uma lapiseira amarela. Hoje me deu tanta saudade de ser essa garota com a franja meio bagunçada porque não a secava com secador, nem usava a chapinha. A menina do sorriso contido e do olhar tímido para os cantos, que escondia o que sentia porque achava que as coisas funcionavam assim. A garota que passava as sextas-feiras à noite em casa, estudando, enquanto a família viajava, mesmo estando na oitava série e nem precisando estudar tanto. A menina que descobriu sua paixão pela dança e tentava ao máximo se empenhar por ela. A garota que só queria um abraço interminável de quem ela gostava. Que gostava calada. Que assistia mtv pela manhã e ia para a escola à tarde e nos fins de semana ia à igreja. A garota que lia a série Cris com tanta esperança de que sua vida seria como a da garota do livro, com tanta esperança de encontrar o Ted do livro e de viver um amor lindo como aquele (com menos enrolação, claro haha). A garota inocente, sem maldade, sem malícia. A garota que fechava os olhos no meio do pátio da escola para procurar uma porta azul em sua imaginação. A garota que tinha um cachorro imaginário como na novelinha adolescente (e o levava para a escola). A garota que sofria pelo casamento dos pais (mas, pelo menos, naquela época, ainda era um casamento). A garota que sentava na varanda por horas olhando o céu, falando com Deus sobre seus sonhos, aqueles que enchiam seu coração e a sua esperança. Essa garota tinha um olhar tão esperançoso, mas, quando essa garota cresceu, esse olhar sumiu, foi ofuscado pelas nuvens negras da vida, ela deixou que isso acontecesse e, hoje, não consegue mais ter esse olhar. E isso é tudo o que ela queria. Esperança. Seu coração endureceu, seus sentimentos se congelaram, seus sonhos morreram. Hoje essa garota é uma menina assustada e todo mundo pensa que ela é uma mulher. Ela é uma criança sentada no canto do quarto chorando porque roubaram seu algodão doce e ela pensava que as pessoas eram do bem, ela descobriu a feiúra do mundo e ela pensava que tudo era bonito. E essa feiúra tem amedrontado tanto essa garotinha. E ela chora sem esperança, com medo de encontrar cada vez mais feiúra na vida, no mundo. Ela está cansada de tudo isso. Ela só queria um lugar bonito para sentar e comer seu algodão doce.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

sobre (mais) um recomeço

O bom de viver é que você sempre tem chances de REcomeçar. Estou recomeçando hoje pela trilionésima vez. E, dessa vez, eu queria tanto chegar lá, naquele lugar. Decidi fechar a porta do quartinho de bagunças e tristezas e temores e angústias da minha alma, fechei, deixa tudo lá, não posso passar a vida supervalorizando tudo isso e deixando que me tirem a força de continuar. Cansei das minhas vitimizações. Vesti minha calça jeans, minha camiseta branca predileta, calcei minhas havaianas floridas e prendi os cabelos. Estou pronta pra (re)começar! Acho recomeços tão bonitos... Deixa ser, deixa estar!

sábado, 11 de julho de 2009

Sobre um dia de sofrimento

Hoje eu acordei com o coração acelerado, com os olhos inchados (e a barriga também por ter comido dois big mac's na madrugada baphonica) e de urso panda com a maquiagem borrada, com uma falta absurda de ar, como se faltasse algo, como se algo estivesse fora do lugar. Tentei dormir novamente pra ver se essa pontada no peito passava. Nada. Olhos abertos, coração acelerado. Tum-tum-tum. Decidi me jogar no sofá, a phoebe aliviou um pouco meu mal estar, mas depois tudo voltou. Eu pensei em mudar de estado, eu queria fugir dessa situação estranha. Às vezes, quando você está na pior, tudo o que você precisa é de um amigo que se esparrame no sofá junto com você e te conte coisas engraçadas e ria com você e te ouça choramingar da sua vida shit, que depois te anime pra tomar suco de melancia no shopping, que diga que você está bonita, que compra um jornal só pra saber onde está passando um filme legal, que te leve ao casa park - seu cinema preferido -, que passeie pela livraria cultura e converse sobre livros e Renato Russo sentados na cadeira em frente à provável mesa de autógrafos, que te espera enquanto você vai ao banheiro e que entra atrasado na sala do cinema com você, ambos sem enxergar nada, quase sentando no colo de alguém, que passe frio no cinema com você, que toma nestea de maracujá com você acompanhado de pipoca (ninguém gosta de me acompanhar no nestea de maracujá), que, depois do dia inteiro tentando te fazer ficar bem, pergunte se você ainda está sofrendo e se você quer ir pra casa, então você diz que está sofrendo sim, mas que não quer ir pra casa, então ele te leva pra comprar pizza e comer esparramado no sofá da sua casa, procurando alguma programação interessante na tv em pleno sábado (saudável) à noite, ouve você falar da stephany e ri junto com você e você lê o depoimento da lud pra ele e ele diz que sabia que tudo ia ficar bem e que cumpriu a tarefa dele de te fazer parar de sofrer. Em um dia eu descubro que tenho duas amizades phodas. Pronto, agora eu passo por qualquer coisa que vier, eu sei quem eu poderei chamar pra me ajudar a atravessar essas tempestades!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre dias estranhos

Dias estranhos. Sono, muito sono. Passo mais tempo dormindo que acordada. Sonhos estranhos sobre maquiagens fracas e eu correndo pra conseguir passar um blush mais forte, tentativas fracassadas. Acordo, agoniada por não conseguir. Estou de férias, finalmente. Minha irmã e essa angústia que ela gera em mim, eu só confiei a ela um simples papel e ela o sumiu, assim como as outras 55 chaves de casa, agora temos que ficar dividindo uma chave só. Ela estragou minha sandália predileta dos últimos tempos, eu quebrei o perfume dela, ela estragou minha máquina, meus brincos. Eu me sinto tão egoísta por gostar de ficar em casa sozinha, ouvindo The weepies, com as janelas abertas pra ver se entra um ar que cure essa minha falta dele (do ar). Minha mãe acabou de me ligar, triste. Desculpa, mãe. Eu também fico triste e finjo que nada está acontecendo. Meu pai, tão, tão estranho. Isso também me deixa triste. Dias estranhos. Me empresta sua blusa, amiga. Estranho. Macarrão estranho. Aliás, eu odeio macarrão. Um bolo inteiro em três dias, acho, talvez quatro. Estranho. Não venci meu medo, faltei a avaliação de corporeidade. Estranho. Medo. Concursos. Verdade X mentira? Conflitos. Medo. Eu não quero ser a idiota da história, como sempre. Será que algum dia eu vou ter certeza absoluta do que eu quero para a minha vida?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sobre desilusões

e quando tudo parece um conto de fadas, um sonho e a sua intuição te avisa que é blefe, que é tudo mentira? Agora eu já entrei, estava com os pés no chão, mas já entrei nesse rio, já me molhei demais nele, já estava fazendo parte da parte preferida da minha vida, estava começando a. Irônico. Logo eu achando que contos de fadas aconteciam em minha vida. Eu! Eu sou o tipo de pessoa que não nasceu pro amor, eu sei muito bem disso e nem fico triste, nem nada. Sou anestesiada, lembra?