A primavera chegou
adiantada aqui, em minha vida. Veio sutil e inesperadamente ao meu
encontro, envolveu-me de um jeito lindo e florido e sorridente!
Quando percebi, havia
me esquecido de como era ser triste e chorar de infelicidade. Meus
músculos faciais estão hipertrofiados de tanto sorrir, tudo é
motivo pra sorrir: sorrio para as paredes branquinhas ao meu redor,
sorrio para o sol quente e escaldante, sorrio para as criancinhas que
encontro nas ruas, sorrio, sorrio, sorrio.
A vida está boa,
linda, fácil, leve, aconchegante e surpreendente! E eu descobri que
sou mesmo uma believer, uma eterna believer, uma believer incurável.
Tive o coração despedaçado e pensei que isso pudesse afetar a
minha capacidade de acreditar, de dar a cara a tapa, de
disponibilizar-me inteira em prol dos meus sentimentos, em prol
daquilo em que acredito. Não, não me afetou. Cá estou eu
acreditando de novo, cá estou eu deixando meu coração livre para
voar pra onde ele quiser, cá estou eu parada nos cantos, suspirando,
cá estou eu fazendo planos, cá estou eu disponível, acessível
para o novo que a vida me deu.
Claro que, vezenquando,
o medo bate na porta do meu coração, mas estou com os pezinhos bem
estacionados no chão, estou me proibindo de colorir a realidade com
cores inexistentes, não quero enxergar além da realidade, tenho
lidado com o real. Vamos ver onde isso vai dar!
Bem vinda de volta,
Renata Cristina Silva Leonel! Não sei se com ou sem Kilikina, não
sei se com ou sem romantismo exagerado, não sei se com ou sem
vontade de amar grande demais, não sei. Bem vinda, Remi e seja livre
para sentir e viver o que tiver vontade de!!!