sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A beleza existente na coragem, que vence o medo


A primavera chegou adiantada aqui, em minha vida. Veio sutil e inesperadamente ao meu encontro, envolveu-me de um jeito lindo e florido e sorridente!
Quando percebi, havia me esquecido de como era ser triste e chorar de infelicidade. Meus músculos faciais estão hipertrofiados de tanto sorrir, tudo é motivo pra sorrir: sorrio para as paredes branquinhas ao meu redor, sorrio para o sol quente e escaldante, sorrio para as criancinhas que encontro nas ruas, sorrio, sorrio, sorrio.
A vida está boa, linda, fácil, leve, aconchegante e surpreendente! E eu descobri que sou mesmo uma believer, uma eterna believer, uma believer incurável. Tive o coração despedaçado e pensei que isso pudesse afetar a minha capacidade de acreditar, de dar a cara a tapa, de disponibilizar-me inteira em prol dos meus sentimentos, em prol daquilo em que acredito. Não, não me afetou. Cá estou eu acreditando de novo, cá estou eu deixando meu coração livre para voar pra onde ele quiser, cá estou eu parada nos cantos, suspirando, cá estou eu fazendo planos, cá estou eu disponível, acessível para o novo que a vida me deu.
Claro que, vezenquando, o medo bate na porta do meu coração, mas estou com os pezinhos bem estacionados no chão, estou me proibindo de colorir a realidade com cores inexistentes, não quero enxergar além da realidade, tenho lidado com o real. Vamos ver onde isso vai dar!
Bem vinda de volta, Renata Cristina Silva Leonel! Não sei se com ou sem Kilikina, não sei se com ou sem romantismo exagerado, não sei se com ou sem vontade de amar grande demais, não sei. Bem vinda, Remi e seja livre para sentir e viver o que tiver vontade de!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

Comendo, comendo e comendo ou The end of an era


Decidi fazer a Elizabeth Gilbert em “Comer, rezar e amar”, tirando a parte do rezar e amar e vim a São Paulo passar uns dias distante da minha rotina e sozinha. Gosto de provar a minha independência a mim mesma. Peguei dicas com os amigos e fiz um roteiro de viagem. Acabei encontrando pessoas conhecidas por aqui, mas estou só em uma cidade que não conheço.
Tenho comido muito. Acho que, ao conhecer uma cidade nova, a culinária é essencial! Hoje fui ao Oscar Café porque me disseram que o pão de queijo de lá era o melhor do mundo. Claro que pensei que fosse exagero, mas decidi ir lá conferir. Acabei pedindo um prato de almoço e nem dei muita importância ao pão de queijo, entretanto, por desencargo de consciência, pedi um para viagem. Andei pela cidade, fiz compras, tomei cafés, derramei café no taxi (e o taxista quase me bateu e eu quase chorei – porque não sei brigar, só sei chorar quando me ofendem) e somente quando cheguei ao hotel decidi experimentar meu pão de queijo frio e era o melhor do mundo mesmo, até acabei decidindo voltar ao café à noite para experimentá-lo quentinho e com café!
Ando pelas ruas desconhecidas e sou também uma desconhecida. Respiro fundo, observo cada mínimo detalhe como que querendo guardar dentro de mim as coisas que vejo, como que querendo desvendar os mistérios escondidos atrás dos pequenos detalhes. Pessoas sorrindo, pessoas correndo, pessoas preocupadas, cachorros, árvores, restaurantes. Há tanta vida acontecendo, há tanta gente no mundo. Estou na fase de me preparar para as próximas surpresas da vida pra mim, porque sempre a vida está me surpreendendo, me mostrando novos caminhos, novas escolhas. E eu decidi fechar, de vez, a porta do caminho que estava seguindo, decidi que é hora de novos caminhos, escolhi a felicidade, a leveza, escolhi a vida que eu mereço. E tenho sido feliz, sabe? E nada aconteceu, nada mudou por fora, mudou aqui dentro, o meu jeito de ver o mundo, de percebê-lo. Agora, quando a tristeza vem, eu a mando embora, eu tomo um café quente para espantá-la. E viver está tão gostoso, tão agradável! A vida está se colorindo aos poucos, a vida está girando e novas coisas estão surgindo. É bom assim.  

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Descuidei da minha dor e até consegui ser feliz

Hoje foi o Dinho quem falou comigo e me fez sorrir, cantarolar algumas músicas e dar uns pulinhos em cima de um salto alto. Deu até pra ser feliz... Olha o que ele me disse:


"Nem tudo é como você quer
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito
Se o que é errado ficou certo
As coisas são como elas são
Se a inteligência ficou cega
De tanta informação
Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás
Você quer encontrar a solução
Sem ter nenhum problema
Insistir em se preocupar demais
Cada escolha é um dilema
Como sempre estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder
Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás"

Diário de um coração devastado

Quando a sua dor é tão profunda que você precisa gastar tanta energia sorrindo e dizendo bons dias e mantendo sua coluna ereta que tudo o que você consegue fazer quando chega em casa é dormir e dormir e dormir. As pessoas dizem que você está com a aparência cansada. E é bem isso mesmo. Viver o seu cotidiano, a sua rotina suga todas as forças que você já nem tem mais. Viver se tornou essa coisa demorada e cansativa e você está, simplesmente, exausta.

Gabito Nunes, mas poderia ser eu

"A má notícia é que, a julgar pelo meu entusiasmo nos últimos dias, morri. Até já decidi minha lápide - "Viveu lutando pelo amor e as sensações que valem a pena ser vividas. Fracassou miseravelmente." - O que você acha? Nem tô, na verdade. Me deixem."