segunda-feira, 30 de maio de 2011
Desta vez, eu não vou fugir
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Quando abro meu coração é isso que sai de dentro dele
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Quando escrever não é espontâneo
terça-feira, 24 de maio de 2011
Ciclos Tatibernardianos que também são ciclos Renatianos
(Tati Bernardi)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Uma caixa de cereal francês, largada na prateleira do mercado
Havia uma caixa de cereal francês que me chamava a atenção, sempre que eu ia ao mercado, pegava a caixa com as mãos e lia as letras grafadas em francês e colocava a caixa de volta. Ela me chamava a atenção e eu gostava dela, mas nunca a levei pra casa. Sempre a deixei lá na prateleira do mercado.
Hoje, estou me sentindo como aquela caixa de cereal francês. Sou interessante, mas não ao ponto de ser levada pra casa. Talvez por insegurança gerada por silêncios entrecortados por palavras de dúvidas e incertezas.
Voltarei àquele mercado e comprarei aquela caixa de cereal porque é muito ruim ser ignorada ou abandonada, sei lá. Mesmo que seja apenas uma caixa inanimada, vai ver era exatamente isso que eu procurava naquele mercado, durante aquelas madrugadas vazias e nunca me atentei para esse fato.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Não era força, era vontade dela
Perenidade
Quando o encontro é bom e tem lume não tem porta de saída: é pra sempre, de um jeito ou de outros, no coração."
Ana Jácomo
segunda-feira, 16 de maio de 2011
De onde veio esta força?
domingo, 15 de maio de 2011
Sobre a nossa história
Na primeira vez que ficamos, ele me convidou para dormir na casa dele e disse que faria café da manhã pra mim, no dia seguinte. Fiquei tão assustada com aquilo que saí correndo, no meio da madrugada, e fui dormir no aconchego da minha cama, no quentinho do meu lar, onde não havia ninguém pra me fazer promessas que começariam com cafés da manhã e poderiam terminar, sei lá, com sentimentos mais sérios. Eu, que sempre afugentei pessoas com os meus sentimentos e profundidades, estava sendo afugentada por um convite de dormir abraçadinhos e tomar cafezinho da manhã juntos. Aquilo era demais para a minha pessoa, pensei logo: Charlatão ou o último-romântico-da-face-da-terra. E nenhuma dessas duas opções me interessaram.
Quatro dias depois, recebi um telefonema dele, me chamando para almoçar. Claro que sim, você pode me buscar aqui na porta do meu local de trabalho, mas estou fazendo dieta, escolha um lugar adequado. Não cortei o mal pela raiz, mal sabia eu que estava brincando com fogo. Fomos almoçar como se fôssemos dois colegas de trabalho. Não me lembro direito, mas acho que ele descansou a mão direita sobre a minha coxa ou segurou minha mão, alguma coisa assim que só românticos ou galanteadores-charlatões sabem fazer. Eu não sabia bem o que ele era, mas não me importava muito, eu só estava brincando, encarando a personagem eu-aceito-seu-romantismo-sem-me-apaixonar-por-você. E eu me lembro de fazer com que ele desse uma mini-volta pela cidade para buscar um remédio na farmácia homeopática para mim, pensei comigo mesma, já que está tão prestativo, vou me aproveitar dele, até porque morro de preguiça de andar por aquelas entrequadras engarrafadas sozinha. Ele errou o caminho algumas vezes e disse: É bom que eu passo mais tempo com você. Pronto, meu sininho-interno-identificador-de-charlatão tocou. Eu ri sem graça, minha Renata romântica adorou ouvir aquilo, a bichinha até acordou de seu sono profundo e começou a pular dentro de mim, mas claro que eu fechei a porta na cara dela e não deixei aquilo me afetar.
Não me lembro bem da ordem cronológica, mas acredito que o nosso próximo encontro foi um jantar na casa dele. Fui ao shopping fazer compras, afinal adoro inventar novos motivos para isso. Cheguei linda e perfumada no apartamento dele e o encontrei vestindo uma camisa com a gola em V, um escapulário que me chamou a atenção desde então, calça jeans e uma sandália de couro. Ah, ele começou a me ganhar ali, naquele dia. Abriu um vinho, fazendo comentários de homem interessante. Sentamo-nos na varanda com nossas taças de vinho e conversamos. E, a partir de então, se o resto da vida se resumisse àquela sentadinha na varanda, eu não acharia ruim. Ele não sabia, mas eu sempre fui uma apreciadora de varandas. É bobo, mas importante. Depois ele revelou que não tinha feito o jantar e sim comprado e o prato era Ravióli (eu acho, porque não entendo de massas). Bom, ele não sabe até hoje, mas eu não comia massas há muitos anos, desde que meus pais saíram de casa e eu e minha irmã passamos a morar sozinhas, nossas refeições se resumiam a massas de todos os tipo de molhos possíveis e imagináveis, então eu havia enjoado até da palavra m-a-s-s-a. Resolvi não tocar no assunto e pensei que a combinação era realmente perfeita e ele estava se esforçando, então foi aí que comi um ótimo ravióli, acompanhado de um bom vinho e, hum, talvez uma boa companhia (é claro que meus espinhos internos estavam engatados na minha epiderme para furá-lo a qualquer momento, eu não podia dar o braço a torcer a mim mesma que eu estava gostando de um jantar a dois no apartamento de um homem interessante, era demais pra mim). Nessa noite, eu dormi lá.
No outro dia, ele veio me buscar em casa, jantamos no lounge do meu condomínio, uma saladinha maravilhosa. Na hora de pagar, eu me ofereci, afinal ele já tinha pagado um almoço e um jantar, era a minha vez, eu não gosto de ter homens me bancando, pensei. Ele disse que perguntaria para a garçonete, se ela dissesse que eu poderia pagar, então eu pagaria. Mas eu conhecia a garçonete, a Lili, e, como eu esperava, ela disse alguma coisa que me impediu de pagar a conta. E foi quando ele começou com a história de que o primeiro encontro o homem paga e a mulher paga os seguintes. Ele também é engraçado, pensei. E ele usou essa frase até quarta-feira passada, quando decidi assistir jogo de futebol amigavelmente (auto-sabotagem) com ele, quase seis meses depois, ao pagar a salada delivery da zimbrus.
Depois do jantar, fomos ao cinema. Eu escolhi o filme e andamos de mãos dadas e abraçadinhos e beijinho vem, beijinho vai, ele me chama para tomar vinho na casa dele. Nessa hora, tudo o que eu queria era dizer sim, quero tomar vinho, quero tanta coisa com você. Mas eu só disse que iria à boate com uma amiga e foi então que ele me levou à porta da boate e se despediu de mim como um bom rapaz que deixa a garota se divertir. Ali, eu pensei que ele não fizesse o tipo ciumento (claro que não tínhamos aproximação suficiente para sentirmos ciúmes um do outro, mas sei lá). Eu estava enganada.
Desde então, eu me desfiz dos casinhos que eu tinha. E esses outros caras me tratavam bem também, era um jantar por dia, era alguém que comprava lentes de contato e vinha me trazer às 7 da manhã porque as minhas tinham rasgado, era vinho na beira do lago, mas, por causa dele – o novembro, o malino – eu perdi o interesse pelos outros, foi aí que eu comecei a ver sentido na letra da música “depois de você, os outros são os outros e só”. E todos perceberam que eu estava mudada, antes que eu terminasse com os outros, eles diziam “você está namorando, Renata? Você está muito diferente”. E eu dizia que não estava namorando, mas que algo em mim, que não havia acendido nunca, resolvera se acender. E que eu não conseguia mais ficar com outros. Eles se comoveram com a beleza daquilo tudo, alguns morreram de ciúmes e me pediram em namoro imediatamente. Mas eles sabiam que haviam me perdido pra sempre. Estava escrito no meu olhar.
Com ele eu consigo dormir abraçadinha a noite inteira, coisa que eu nunca consegui com ninguém nessa vida, com ele eu consigo dividir a cama, com ele eu assisto ao jogo de futebol (coisa que eu nunca fiz com homem nenhum, fora meu pai), com ele eu finjo ser só amiga para não ter que ficar distante.
Eu gosto dele, da maneira que ele me faz sentir mulher; que me faz sentir querida quando diz coisas como “você me é especial e eu quero te segurar com os dois braços”; que ele cuida de mim quando eu estou passando mal pelos meus excessos alcóolicos; como ele me dá conselhos sobre não ficar respondendo “não sei” sempre que me perguntam algo; quando ele me manda mensagem com uma palavra só: linda; como ele me olha nos olhos e me diz verdades profundas, no escuro do quarto dele; quando ele desce pra buscar minha mala no meu carro, enquanto eu tomo banho. Eu gosto de tudo nele e eu não sei onde isso vai dar, eu só sei que até sexta-feira, à tarde, estava sendo bom e eu só queria viver esse bom, sem cobrar nada, sem criar expectativas demais. Eu só queria aceitar essa felicidade que me bateu à porta e deixá-la entrar e parar de lutar contra.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Chutando o amor (com snoopy)
Dói acreditar no que a gente quer e não no que está em nossa frente, dói não entender, dói querer demais, dói ser intensa, dói ver o que poderia ser distanciando-se, dói ver o nunca será se aproximando, dói e dá vontade de fechar o estabelecimento coração para o freguês amor.
Esse tal freguês é novo por aqui, mas chegou mandando em tudo e mudando tudo de lugar, é exigente e não aceita menos do que acredita merecer. Ah, mas esse tal amor pode ser exigente porque ele é lindo e tem presença forte, ele chega e rouba toda a atenção da rua, da cidade, do universo em que está fixado o estabelecimento coração. Só que ele é grande demais, não cabe mais aqui, não quero mais que ele caiba aqui. Vá embora, amor.
Este ou aquele?
Minha vida agora é fazer um esforço exageradamente grande para não acreditar na magia que insisto em enxergar em tudo. Vejo sinais onde não há indício algum. E sigo essa minha intuição enganadora como se ela fosse a verdade mais real e tangível.
Entretanto, não posso negar que, em 26 anos de vida, minha intuição-mágica levou-me a lugares incríveis e trouxe pessoas imprescindíveis e maravilhosas, só que ela também me tirou pessoas.
Não é segredo que eu nunca soube lidar com perdas e cada uma delas vai lapidando meu coração, sabe? É um processo profundamente doloroso, mas bonito de se ver.
E agora estou em uma encruzilhada, preciso decidir que caminho vou seguir. Um deles é muito, muito doloroso, mas lá loooonge eu sei que ele me trará muita felicidade. Já o outro é rápido e fácil, me trará alívio momentâneo, mas nada disso será firme e forte para me segurar no futuro.
Sinto-me tão fraca para enfrentar o caminho número um que estou me enveredando pelo segundo.
Estou precisando de bálsamo agora, pra-já.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Porque rapadura é doce, mas não é mole não
Trechos do dia
domingo, 8 de maio de 2011
Escrevendo um desenho
Sinto vontade de usar meus lápis de cor para colorir um pouco os cinzas da minha alma porque ela tem se acinzentado. Quero pintar uma chuva fina caindo sobre minhas plantinhas secas e pintar meu céu de tons pastéis, quero um balanço de madeira rústico com um gramado verdinho embaixo dele, eu estaria sentada no balanço, meu sorriso seria pintado de um vermelho vivo, desenharia notas musicais no ar, haveria alguém sentado ao meu lado, também sorrindo um sorriso vermelho e com olhar penetrante, com ar de quem sabe exatamente o que quer da vida. Eu também teria esse olhar. Aos poucos vou completando meu cenário interno, preenchendo-o do jeito que quero que seja...
Como terminar um domingo
Domingo, fim de noite pós cinema (programinha perfeito para se terminar um dia desses), chego em casa cansada, assisti água para elefantes e me deu vontade de abraçar a Rosie, mesmo eu tendo medinho de animais, sinto vontade de ouvir Surfjan Stevens – to be alone with you, preciso dormir, mas decidi ouvir música e responder o e-mail da Izabele, ela está em uma situação difícil, pediu-me conselhos, mal sabe ela que eu a entendo bem, entendo quase todo tipo de situação emocional difícil, mas sou péssima em aconselhar, afinal, se existem dois caminhos para se ganhar o coração de alguém, é claro que eu sempre escolherei o errado, o caminho da perda. Eu sinto que estou sempre perdendo nesse quesito. Entretanto, dizem por aí que não se perde o que não se tem, então deve ser isso: eu não ando sempre perdendo, eu só ainda não tive, de verdade, o coração de alguém. Um dia, quem sabe...
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Su,
Hoje é o seu dia e eu te amo sempre, em todos os dias, mas, hoje, quero registrar o quanto você é importante em minha vida, bonitinha.
Há 22 anos atrás, em 5 de maio de 1989, você nascia: branquinha, cabelo pichain que viraria rolinhos loiros, chorona. A minha primeira reação ao te ver foi chorar, o que acaba sendo até poético (independente da motivação)!
Gosto de saber que acompanhei sua vida até aqui e, nesse tempo todo, você cresceu tanto, Su. Em tamanho e em maturidade emocional. E eu quero te dizer isso hoje: que não importa o quanto você chorou ou foi chata ou briguenta, tudo fez parte, tudo foi importante para você chegar ao que é hoje e você foi importante em minha vida e em nossa família exatamente do jeito que foi e que é.
Você é tão linda! Tem um coração tão puro, coisa rara de se encontrar hoje em dia. Aguenta tão firme as pancadas que a vida, de vez em quando, te dá. Acho bonita a sua força, Su. Ela me incentiva a ser forte também.
Eu percebo que, no mundo, a gente briga mais com quem a gente mais ama. Sei que brigamos muito, mesmo morando longe estamos sempre com nossas encrencas, mas acho mesmo que isso só acontece porque nos amamos muito e acho linda a maneira como nos reconciliamos, 2 segundos depois de gritar uma com a outra, apenas com olhares. Estamos chateadas, mas é só nossos olhares se encontrarem que tudo passa, a gente esquece os insultos e até os palavrões. Nosso amor é intenso , Su.
Vez ou outra me pego aqui em casa, deitada na minha cama, antes de dormir, sentindo um amor profundo por você e emanando coisas boas a ti. Quero-te tão bem, desejo-te tão bem!
Quando você ficou adoentada, eu tive vontade de poder controlar o mundo com as minhas mãos e não permitir que esse tipo de coisa te atingisse, mas sei que tudo tem um propósito nessa terra e sei que Deus cuida de ti, desde seus finos fiozinhos de cabelo, tudo sobre você está sendo bem cuidado e guardado pelo nosso Papai-do-céu.
Acho que o melhor presente que posso te dar é isso: minhas palavras, meu amor, minha amizade e minha irmandade eterna. Esteja certa de que eu vou estar aqui, sempre, com chuva, sol, tempo nublado, em qualquer circunstância!
Seja muito feliz nesse novo aninho que marca sua vida, tenha uma vida plena e longa e este será, inclusive, um presente seu pra mim. Sim, Su, é seu aniversário e eu que deveria te dar presentes, mas é a sua vida plena e seu sorriso e sua pureza e sua vida longa que me presenteiam hoje!
Parabéns, irmã, abacaxi, chataelen, xuxuzinha, Su, Sussu, Suelene, Suelen Cristine Silva Leonel!
Ela, a confiança
Bom dia, cinco de maio de dois mil e onze!
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sobre a cegueira
Sensação do dia:
domingo, 1 de maio de 2011
Um trecho de quem me compreende
A virada
Você está ali em meio a uma “balada” no seu próprio condomínio. Você só queria se distrair e ser leve e biritar um pouquinho com um amigo chegado. De repente a cantora vem te dar boas vindas no meio do show e vem te elogiar e vem te chamar pra dançar no centro do “palco” e seu amigo te diz que todo mundo te deseja e que todas as garotas te invejam e as garotas vêm te elogiar. E você só está com vergonha porque ter pernas grossas com gorduras reduzidas não é nenhuma vantagem e você queria gritar pra todo mundo que o que vale é o coração, mas que o seu, hoje, está chorando porque todo mundo te quer, menos aquele que é o seu maior desejado. E você até tenta se interessar por outras pessoas, tem um de camisa rosa claro e você acha o máximo homens de camisa rosa, mas o seu amigo te protege de carinhas que nunca valerão à pena e você não se arrepende porque você percebe que, nas atuais circunstâncias, nunca conseguiria “pegar”alguém como antes era algo tão simples e rotineiro. Você vai a uma balada pra se sentir mais leve e sai de lá pesada por não conseguir ser leve como todas aquelas pessoas aparentam ser, por não achar mais normal sair pegando todo mundo. Porque todo mundo te quer, mas você não quer mais ninguém. Você se sente até uma aberração e comenta com seu amigo e ele sente ciúmes desse que é a personificação do seu desejo eterno. Todo mundo sente ciúme dele. E ele nem se importa com nada, pelo contrário, vive o mundo dele como se você nem existisse. E você, que começou o seu dia tão bem, chora e chora e chora.
Os esconderijos da felicidade
Gosto de aproveitar essas felicidades que chegam sorrateiras em manhãs de domingos ensolarados, quando eu deixo as obrigações no modo de espera e durmo até mais tarde e coloco músicas pra tocar e vou arrumar as minhas bagunças e lavar as louças.
Felicidade boba e simples, felicidade até sem motivo de existir porque há pendências e problemas em minha vida, mas porque é domingo e faz sol eu decidi ser feliz, hoje eu quero exercitar meus músculos do sorriso porque meus olhos estão cansados de chorar lágrimas que não se findam. Quero sorrir sem pressa, sem medo, sem ansiedade, vidinha-linda-do-meu-coração! E há lágrimas nos olhos também, mas elas são de uma felicidade inundante que não cabe apenas em sorrisos, então se derrama em lágrimas, em danças...
Li, esses dias, uma frase mais ou menos assim: “Não espere ser feliz para ser feliz”. E é isso mesmo, a felicidade não habita somente naquilo que intitulamos felicidade, ela está num domingo solitário de afazeres domésticos com fundos musicais e eu nunca esperei encontrá-la ali. Agora dá-me licença que vou sorrir, ser feliz...