Andei fazendo umas análises de mim mesma. Tá bom, confesso que minha mente não para e eu faço sempre análises de mim mesma. E eu percebi que tenho essa mania de me apaixonar por caras indisponíveis emocionalmente. Talvez eu queira ser um tipo de heroína que tenta fazer com que o rapaz, por mim e para mim, passe a disponibilizar seu emocional. Eu sei, tá errado isso. Eu sei, mas não sei sair dessa situação.
Eu gosto da espera, do desenvolvimento, da história acontecendo, do desabrochar dos sentimentos, dos dramas emocionais, da dúvida, mas, um dia, e talvez esse dia já tenha chegado, eu queria chegar lá, sabe? Ter certeza (mesmo que com um pouquinho de dúvida), calmaria, aconchego, saber que, por mais que estejamos distantes, aqueles braços só querem envolver a mim.
Eu percebi que quem é inconstante não sou eu, é ele. Um dia fala de um jeito que me dá certeza absoluta de que é só a mim que ele quer, no outro finge que a minha existência se compara a uma formiga qualquer que, por acaso, entrou no pote de açúcar de sua cozinha - insignificante. Então o que me mata é essa insegurança de nunca ter certeza se ele realmente sente o que ele já me disse que sente por mim. De um jeito ou de outro, ele também sempre volta, quando nosso cordão umbilical está para se romper, ele surge do inesperado me dizendo um ok que ele finge não entender direito, mas que eu sei exatamente o que quer dizer.
De vez em quando, ele tem 12 anos de idade, então eu tento ser paciente e o espero crescer. Noutras vezes a adolescente emocional sou eu. Somos dois bobos, brincando de sentir e des-sentir como se pudéssemos controlar o incontrolável.
Já tentei entender, já fiquei sem entender nada, já entendi tudo. Agora eu deixo o vento levar, acreditando na força do que tem que ser, tanto para um lado, quanto para o outro.
O sentimento não acaba nunca, está aqui, firme e forte, saudável e corado. Vamos aguardando os próximos capítulos da novela.