terça-feira, 24 de agosto de 2010

O quê?

Luto ou júbilo? Fim ou recomeço? Amizade ou romance? Respeito ou desprezo?

Sobre (sua) ausência

Sua ausência tem deixado minha alma desnutrida.

domingo, 22 de agosto de 2010

Sobre incertezas e impossibilidades

Domingo de sol lá fora, aqui dentro não tenho certeza sobre a metereologia da minha alma. Ouço Elliot Smith numa tentativa de acalmar um pouco este coração acelerado. Possibilidades enormes lá fora. E, teimosa que sou, escolhi uma alternativa apenas e nada mais me interessa. Será que tenho mesmo esta atração irresistível pelo que não posso ter? Tão perto e tão distante. Tão verdadeiro e tão irreal.

sábado, 21 de agosto de 2010

A (falida) espera

De tudo o que eu queria te dizer, o mais urgente é que eu estou morrendo de vontade de te esperar. Tão, tão incerto. Na verdade, estou tão certa de que você nunca mais "voltará". Mas eu quero esperar. O nada. O não-vir. O não-voltar. Eu consigo ser o tipo de pessoa que espera algo, sabendo que não vai chegar nunca. Eu sou masoquista mesmo. Tenho este dom terrível de machucar, alfinetar a minha alma.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Y.

Você disse que queria um texto sobre você e, em tão pouco tempo, ei-lo aqui!

Envolver-se com alguém, às vezes, pode se tornar um caminho sem volta. E, neste caso, tem se tornado. E como eu odeio admitir isso. Melhor voltar agora antes que seja tarde demais.

Estou cansada, pra falar a verdade, "de procuras inúteis e sedes insaciáveis". Acho que a Tati Bernardi disse isso. Estou cansada de emprestar um pouquinho da minha alma a cada pessoa que se aproxima e diz coisas e me acaricia os cabelos. E eu nem permito que a minha mente fantasie coisas e meus ouvidos ouçam os textos apelativos que cada um diz. Eu comecei tão bem com você, era divertido, novo, leve. E foi se intensificando e não que eu não goste de intensidade, acredite, eu A-DO-RO, mas, por outro lado, odeio não ter controle sobre mim, odeio ter passado o dia todo me controlando pra não entrar em contato.

Eu quero que acabe aqui. Não que tenha começado. Mas que pare por aqui. Paremos.

Odeio me olhar no espelho e buscar o reflexo lá de dentro e ver que eu não sou exatamente o que gostaria que fosse. Eu sou livre e não é justo comigo envolver-me com alguém que não é. Não que seja um envolvimento sério. Mas eu quero poder sair com alguém de mãos dadas, caso eu sinta vontade. Eu quero me libertar desse meu medo de envolvimentos sérios, eu quero me deixar sentir, me deixar apaixonar, me deixar falar e fazer o que eu sentir vontade, mas com você isto não é possível, até porque não é justo para comigo. Eu não posso ter um retorno que seja razoavelmente verdadeiro.

Estou tentando ir embora e é difícil. Mas é assim mesmo. Foi bom, foi muito bom. Foi rápido. E eu não havia percebido que a coisa havia saído tanto assim do controle. Eu estava gostando tanto, mas a vida sempre me coloca no caminho de coisas bagunçadas, poderia ser, mas nunca é. Acho que é isso o que me faz ficar aqui, do meu lado, quieta, sem esperar nada. Como dizia o Caio F.: "não há nada a ser esperado, nem desesperado" ou algo do tipo. Eu não espero. E eu não sei se ainda tenho a pretensão de querer. E você não podia ter falado tantas coisas, porque eu sou tola e, de tanto ouvir, eu quis acreditar, eu acreditei. Tolinha.

Tinha tudo pra ser bonito e foi bonito. E eu nem sei se chegou a ser. A gente sempre tem medo de usar as palavras e eu queria me libertar destes medos. E eu gostei. E te achei inteligente, com conversas agradáveis, com doses certas de cada um dos ingredientes que eu gostaria de encontrar soltos por aí.

Pronto, chega, eu queria dizer mais coisas, eu sempre estou querendo dizer coisas sem conseguir.

12 de agosto de 2010

Voltei pro meu quartinho de desabafo. Havia me esquecido dele. Estava até legal, sabe? Mas a gente sempre volta, afinal a vida não é um marzão de rosas e sim de água salgada. E hoje meu dia amanheceu salgado, sabor de lágrima guardada, processada, mas não liberada.
Todas as minhas tentativas de desabafo são tão menores que o que eu realmente estou sentindo. Quero escrever, sem sentido, sem ser bonito, sem ser harmônico. Quero falar, falar, falar por meio de letras digitadas no bloco de notas o quanto eu estou com vontade de chorar, chorar pelas pessoas com sentimentos tão pequenos, com corações tão pequenos, com corações tão machucados que, por isto mesmo, não sabem mais ser generosos com os outros ao seu redor. Eu aprendi desde menininha-tímida que não custa nada (e é até legal) ser gentil, ser verdadeiro. Entretanto a minha vida de adulta só me mostra o lado naja do ser humano. Eu queria chorar pelo quanto a vida, ás vezes, é desencaixada, obstruída e lenta em fazer acontecer sei-lá-o-quê. A gente sempre está querendo alguma coisa, batalhando, fazendo planos, querendo mais, crescer, mudar, melhorar. Estou cansada. Gostaria de passar um dia todo sentada em frente a uma paisagem bonita e não querer nada, apenas sentar e olhar e sentir. Ah, eu gosto tanto de sentir, eu sou viciada. Não sei viver sem. Deixar o ventinho gostoso bagunçar meus cabelos sem querer ter vontade de arrumá-los, os fios soltos, esvoaçantes. Um pouco de paz, distância.
E vem o medo. Medo de mergulhar fundo neste rio que me envolve ultimamente. Meus instintos logo dizem que ele é uma ilusão de ótica, que não existe, que é tudo fingido, fake, irreal. E eu querendo mergulhar, entrar, me envolver. E volto e vou e volto e vou e vou-voltando. Ah, tão difícil me desvencilhar desta algema grossa que prendeu minha alma. Estou mesmo é com vontade de mergulhar em tudo, me envolver ao máximo e se chorar no fim, que chore. Se der tudo errado, que dê. Mas, ao mesmo tempo, já não há espaço em mim para tanta aventura a olhos fechados, quero saber onde estou pisando. E nunca sei e nunca vai em frente. E eu quero, mas ao mesmo tempo eu não quero de jeito nenhum.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre falta de sentido

Às vezes é necessário não fazer esforço algum, deixar pra lá. Desentendimento e um pouco de mágoa tentam corroer este nosso sentimento mútuo de amizade eterna. É assim mesmo. A amizade não deixou de ser bonita. São só ventos contrários soprando. Let it be. Mantenhamo-nos fortes cada uma do seu lado, firmes.
Também sinto-me cansada destas provas de fogo, destes testes contínuos. Eu não tenho um caráter irrepreensível, não porque não queira, mas alguns errinhos de comunicação acabam acontecendo. Por outro lado, também não tenho um coração completamente ruim. Sou só eu tentando ser e o melhor que eu consigo é assim. Ando cansada de tentar ser muito boa, não sou, não consigo. Sou a Renata cheia de um coração que, apesar de toda baderna provocada, é puro e simples.
Eu só queria encontrar aí do outro lado um pouquinho de compreensão, de ouvidos que ouçam o que tenho a dizer sem estarem armados contra mim. Estou tão cansada de sempre estar errada.
Talvez eu simplesmente não sirva pra esta amizade, talvez esteja sendo dramática demais. Sou mesmo. Os dois. Entretanto nutro os melhores sentimentos em relação a você. Desde sempre, para sempre.
Então desliguei o telefone, coloquei-o no gancho e a vida começou a não ter sentido nenhum. Nós duas momentaneamente-e-emocionalmente separadas por um desentendimento do tamanho de uma formiguinha comparado ao edifício inteiro que temos construído ao longo desta amizade.
Sigamos o conselho de Caio F., que sabia tão bem das coisas: "Deixa o vento soprar, let it be".