segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amizades

Cada uma de um jeito, mas sempre tão importantes e necessárias. Eu tenho uma amiga 911: posso contar com ela a qualquer hora do dia ou da noite, se preciso ir ao outro lado da cidade às 8 da manhã de um domingo e ligo para ela, ela vai comigo. Se estou com fome, no parque, gripada, ela vai até lá levar comida pra mim e me levar pra casa e cuidar de mim. Também tenho aquela amiga que me dá sempre um empurrãozinho na vida, um dia ela me chantageou para que eu deixasse de preguiça e fosse à academia, ela me incentivou a entrar num cursinho pra concurso e isso me fez encontrar um caminho diferente para a minha vida, ela é minha companheira para as atividades saudáveis como corridas no parque, companheira para momentos sex and the city, para momentos cult no Rayuela, ouvindo poesias sobre a época do militarismo em plena terça-feira, à noite, tomando um cosmopolitan e comendo o pedaço de pizza mais caro da cidade. Ela me incentiva a ser uma pessoa melhor, sempre. E, se estou deprê, ela é a primeira e não passar a mão na minha cabeça e me mandar levantar e parar de frescura. Há também aquela outra amiga que sempre me faz companhia nos domingos entediantes da vida, adora me acordar ao meio dia dos domingos para irmos almoçar, fazemos companhia uma para a outra nas datas comemorativas chatas, me incentiva a me alimentar melhor, me ajuda a lavar as louças sujas da casa e a fazer almoço naqueles dias em que a única coisa que eu iria fazer era deitar no sofá e dormir all day long, sem comer por causa da bagunça na cozinha e da preguiça em me mover. Há aquele outro amigo, também, pra quem eu ligo quando estou muito mal, engraçado que ele é a primeira pessoa que me vem à cabeça para esses momentos (depois da minha mãe), ele me acompanha aonde quer que eu queira ir, na hora que for, ele se esforça para me ver bem quando estou mal, ele faz camarão e me acompanha em viagens à casa do meu pai, em outra cidade, quando papi está meio pra baixo.Alguns amigos já foram tão importantes, mas nossas escolhas acabaram nos afastando, eu sei que ainda são meus amigos, ainda estão lá pra mim e eu sinto saudades. Cada um de um jeito e com a sua importância. Eu os mantenho guardados numa caixinha colorida, no meu armário. Dentro dessa caixa existem várias e várias cartinhas de diferentes momentos da minha vida, que cada um escreveu para mim. Às vezes, abro essa caixa e leio os meus tesouros e vejo o quanto sou abençoada por ter cada uma dessas pessoas em um pedaço da minha vida, algumas na minha vida inteira.

domingo, 19 de julho de 2009

O quê tanto me atrai em você?

É essa sua leveza de vida. Parece que viver, pra você, é algo muito confortável e natural. Não tem nada a ver com o meu jeito desconfortável e sofrido de viver, com os meus choros reprimidos jorrados em noites vazias e musicadas com ritmos depressivos, com minha mania de dramatizar to-das as coisas, inclusive uma simples torrada. Já você tem essa aparência saudável, alegre, tranquila. Eu queria te ver mais vezes, por mais tempo pra poder roubar essa sua confortabilidade-de-viver, eu queria um pouco disso na minha vida, mas a sua tranquilidade não nos permite passar mais tempo juntos. Deixa ser, deixa estar - seu lema.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

De galho em galho

Eu sou uma fraude! Estava agora mesmo me auto-sabotando, usando meu orkut pra stalking you. Mas não adianta, tá tudo travado, entro no álbum e ele está travado e do que adianta, eu sei todas as suas x fotos de cor, eu sou doente, eu as salvei no meu computador e fico olhando quando me dá saudade. Aí olho as suas comunidades. Tem uma que fala que nada, nem ninguém vai te mudar, você é o que é. Você tem personalidade. Além de ser forte, lindo, novinho e MUITO divertido e legal e gente boa, você também tem personalidade. Ow, não dá pra você me mostrar uns defeitinhos, não? Tá bom, eu já sei apontar um defeito seu, mas até isso me faz gostar mais de você. Sem esse seu defeitinho eu não teria tanto interesse por você. Ontem eu fiquei com uma raiva de você, da situação toda. Eu consigo ser tão patética. Eu joguei meu celular com tanta força contra algum lugar qualquer onde ele fosse parar. Ele é resistente, mas eu não. Ele não quebrou, eu sim. Mas não se importe, eu estou anestesiada, nada mais me comove, ok? Então, já que de você eu sei que não posso esperar nada, espero o outro me ligar. Eu ando tão carente, uma ligação, um oi já me faz sentir melhor. E nada. Veio aqui disse coisas e mais coisas lindas, as mais lindas que alguém já me disse em toda a minha vida, acredita? Por isso fiquei balançada, meu coração balançou, poxa. Tive vontade de entrar nesse escuro e enfrentar whatever tivesse nele. Mas aí você some. E eu nessa agonia. Uma ligação. Um oi. Um abraço demoraaaado. Um carinho nos pés (adoro seu carinho nos pés). E nada. Uma semana. E nada. Mas não se preocupe, eu sou anestesiada, ok? Nada mais me comove.Agora, ao som de shout out louds, eu me pergunto: Será que algum dia alguém conseguirá me fazer deixar de ficar pulando de galho em galho e me prender forever? Porque, na real, eu só preciso de um galho, mas nenhum desses tem se mostrado forte o suficiente para me aguentar.

terça-feira, 14 de julho de 2009

uma menina dos anos noventa

Me deu uma vontade tão grande de ser aquela menina dos anos noventa, com mochilinha de ursinho, all star rosa, calça jeans e uniforme da escola. A menina que cantava as músicas do jota quest super empolgada, que se emocionava com um simples chocolate ganhado no meio da rua de alguém importante ou com uma lapiseira amarela. Hoje me deu tanta saudade de ser essa garota com a franja meio bagunçada porque não a secava com secador, nem usava a chapinha. A menina do sorriso contido e do olhar tímido para os cantos, que escondia o que sentia porque achava que as coisas funcionavam assim. A garota que passava as sextas-feiras à noite em casa, estudando, enquanto a família viajava, mesmo estando na oitava série e nem precisando estudar tanto. A menina que descobriu sua paixão pela dança e tentava ao máximo se empenhar por ela. A garota que só queria um abraço interminável de quem ela gostava. Que gostava calada. Que assistia mtv pela manhã e ia para a escola à tarde e nos fins de semana ia à igreja. A garota que lia a série Cris com tanta esperança de que sua vida seria como a da garota do livro, com tanta esperança de encontrar o Ted do livro e de viver um amor lindo como aquele (com menos enrolação, claro haha). A garota inocente, sem maldade, sem malícia. A garota que fechava os olhos no meio do pátio da escola para procurar uma porta azul em sua imaginação. A garota que tinha um cachorro imaginário como na novelinha adolescente (e o levava para a escola). A garota que sofria pelo casamento dos pais (mas, pelo menos, naquela época, ainda era um casamento). A garota que sentava na varanda por horas olhando o céu, falando com Deus sobre seus sonhos, aqueles que enchiam seu coração e a sua esperança. Essa garota tinha um olhar tão esperançoso, mas, quando essa garota cresceu, esse olhar sumiu, foi ofuscado pelas nuvens negras da vida, ela deixou que isso acontecesse e, hoje, não consegue mais ter esse olhar. E isso é tudo o que ela queria. Esperança. Seu coração endureceu, seus sentimentos se congelaram, seus sonhos morreram. Hoje essa garota é uma menina assustada e todo mundo pensa que ela é uma mulher. Ela é uma criança sentada no canto do quarto chorando porque roubaram seu algodão doce e ela pensava que as pessoas eram do bem, ela descobriu a feiúra do mundo e ela pensava que tudo era bonito. E essa feiúra tem amedrontado tanto essa garotinha. E ela chora sem esperança, com medo de encontrar cada vez mais feiúra na vida, no mundo. Ela está cansada de tudo isso. Ela só queria um lugar bonito para sentar e comer seu algodão doce.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

sobre (mais) um recomeço

O bom de viver é que você sempre tem chances de REcomeçar. Estou recomeçando hoje pela trilionésima vez. E, dessa vez, eu queria tanto chegar lá, naquele lugar. Decidi fechar a porta do quartinho de bagunças e tristezas e temores e angústias da minha alma, fechei, deixa tudo lá, não posso passar a vida supervalorizando tudo isso e deixando que me tirem a força de continuar. Cansei das minhas vitimizações. Vesti minha calça jeans, minha camiseta branca predileta, calcei minhas havaianas floridas e prendi os cabelos. Estou pronta pra (re)começar! Acho recomeços tão bonitos... Deixa ser, deixa estar!

sábado, 11 de julho de 2009

Sobre um dia de sofrimento

Hoje eu acordei com o coração acelerado, com os olhos inchados (e a barriga também por ter comido dois big mac's na madrugada baphonica) e de urso panda com a maquiagem borrada, com uma falta absurda de ar, como se faltasse algo, como se algo estivesse fora do lugar. Tentei dormir novamente pra ver se essa pontada no peito passava. Nada. Olhos abertos, coração acelerado. Tum-tum-tum. Decidi me jogar no sofá, a phoebe aliviou um pouco meu mal estar, mas depois tudo voltou. Eu pensei em mudar de estado, eu queria fugir dessa situação estranha. Às vezes, quando você está na pior, tudo o que você precisa é de um amigo que se esparrame no sofá junto com você e te conte coisas engraçadas e ria com você e te ouça choramingar da sua vida shit, que depois te anime pra tomar suco de melancia no shopping, que diga que você está bonita, que compra um jornal só pra saber onde está passando um filme legal, que te leve ao casa park - seu cinema preferido -, que passeie pela livraria cultura e converse sobre livros e Renato Russo sentados na cadeira em frente à provável mesa de autógrafos, que te espera enquanto você vai ao banheiro e que entra atrasado na sala do cinema com você, ambos sem enxergar nada, quase sentando no colo de alguém, que passe frio no cinema com você, que toma nestea de maracujá com você acompanhado de pipoca (ninguém gosta de me acompanhar no nestea de maracujá), que, depois do dia inteiro tentando te fazer ficar bem, pergunte se você ainda está sofrendo e se você quer ir pra casa, então você diz que está sofrendo sim, mas que não quer ir pra casa, então ele te leva pra comprar pizza e comer esparramado no sofá da sua casa, procurando alguma programação interessante na tv em pleno sábado (saudável) à noite, ouve você falar da stephany e ri junto com você e você lê o depoimento da lud pra ele e ele diz que sabia que tudo ia ficar bem e que cumpriu a tarefa dele de te fazer parar de sofrer. Em um dia eu descubro que tenho duas amizades phodas. Pronto, agora eu passo por qualquer coisa que vier, eu sei quem eu poderei chamar pra me ajudar a atravessar essas tempestades!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre dias estranhos

Dias estranhos. Sono, muito sono. Passo mais tempo dormindo que acordada. Sonhos estranhos sobre maquiagens fracas e eu correndo pra conseguir passar um blush mais forte, tentativas fracassadas. Acordo, agoniada por não conseguir. Estou de férias, finalmente. Minha irmã e essa angústia que ela gera em mim, eu só confiei a ela um simples papel e ela o sumiu, assim como as outras 55 chaves de casa, agora temos que ficar dividindo uma chave só. Ela estragou minha sandália predileta dos últimos tempos, eu quebrei o perfume dela, ela estragou minha máquina, meus brincos. Eu me sinto tão egoísta por gostar de ficar em casa sozinha, ouvindo The weepies, com as janelas abertas pra ver se entra um ar que cure essa minha falta dele (do ar). Minha mãe acabou de me ligar, triste. Desculpa, mãe. Eu também fico triste e finjo que nada está acontecendo. Meu pai, tão, tão estranho. Isso também me deixa triste. Dias estranhos. Me empresta sua blusa, amiga. Estranho. Macarrão estranho. Aliás, eu odeio macarrão. Um bolo inteiro em três dias, acho, talvez quatro. Estranho. Não venci meu medo, faltei a avaliação de corporeidade. Estranho. Medo. Concursos. Verdade X mentira? Conflitos. Medo. Eu não quero ser a idiota da história, como sempre. Será que algum dia eu vou ter certeza absoluta do que eu quero para a minha vida?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sobre desilusões

e quando tudo parece um conto de fadas, um sonho e a sua intuição te avisa que é blefe, que é tudo mentira? Agora eu já entrei, estava com os pés no chão, mas já entrei nesse rio, já me molhei demais nele, já estava fazendo parte da parte preferida da minha vida, estava começando a. Irônico. Logo eu achando que contos de fadas aconteciam em minha vida. Eu! Eu sou o tipo de pessoa que não nasceu pro amor, eu sei muito bem disso e nem fico triste, nem nada. Sou anestesiada, lembra?