segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu sou fraca!

Ai, eu precisava vir aqui dizer essas coisas que estão dentro de mim, aqui nesse lugar-meu, onde ninguém possa ouvir. Eu sou fraca. É uma confissão. Afinal a vida de todo mundo é agitada e uma vida assim não faz mal às pessoas assim como faz a mim. E eu gosto de uma vida agitada, mas meu corpo não está mais conseguindo acompanhar o ritmo, responder às minhas expectativas para ele, para a minha vida. Eu sou exigente, em tudo. Os meus padrões são muito altos e todo mundo sabe disso. E eu sofro tanto com essa minha mania de exigência. Estou baqueada, se vou à aula é mecanicamente, meu corpo está lá, mas eu não sou inteira nisso, porque a minha vontade é outra, sentar numa sala de estudos all day long e estudar para o concurso porque eu não aguento imaginar a possibilidade de me formar e ter que procurar um emprego na educação física e eu não quero. Porque eu batalhei tanto pra que isso não acontecesse e não quero parar de remar enquanto enxergo o pedacinho da praia lá longe, eu sei que ela está chegando, está perto e preciso continuar remando, mas talvez os meus remos tenham se perdido, alguém, por algum motivo, os tirou daqui, remo com as mãos na água, canso tão mais. Eu sou fraca, eu não sei fazer as coisas sem paixão, sem vontade, sem estar gostando do que estou fazendo. Então, já que não gosto, mas tenho um objetivo maior - o tal canudo que meu pai tanto quer - preciso continuar sem forças, sem paixão, sem vigor. Arrastada, arrastando-me. E enquanto gasto todas as minhas energias nisso, fica o outro lado abandonado, enfraquecido e minha mente só pensa nisso e em como sou incompetente. Meu corpo e minha mente estão em luta. E eu vou continuando sem poder, continuando, continuando.

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