sexta-feira, 29 de abril de 2011
Se eu estiver sonhando, não me acordem
Hoje essa frase se esbarrou em mim:
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Muito amor
Ser adulto é
Não me lembro de ter assinado o contrato com o mundo adulto, não posso rescindir o contrato e voltar a ser criança?
Ela, que vive desprevenida
terça-feira, 26 de abril de 2011
A vida dos outros
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Desabafo da meia noite
Quem foi que inventou que a gente só tem que ser forte? Eu consigo ser forte o dia inteiro, sorrio sinceramente por diversas vezes no meu dia, sou feliz, mas o relógio marca meia noite e a Luíza Possi está cantando repetidas vezes que “vai sim, vai ser sempre assim, a sua falta vai me incomodar. E quando eu não aguentar mais vou chorar baixinho pra ninguém ouvir. Vai sim, vai ser sempre assim, um pra cada lado como você quis e eu vou me acostumar quem sabe até gostar de mim”e essa indefinição se vou continuar ou não aqui no apartamento, que se tornou meu lar, e a mamãe ligando e dizendo que torceu o pé (e eu poderia ter torcido o pé, mas não a minha mãe, eu não gosto que a minha mãe torça o pé, ainda mais estando distante de mim) e o e-mail que já li diversas vezes, as palavras frias de despedida e a mensagem fatídica da madrugada de sexta-feira e eu a estou relendo e esse gosto de não na boca porque eu sinto que a vida só me diz não quando o assunto é sentimento, principalmente em se tratando da minha intensidade e da minha maneira de ter preguiça de participar desse jogo de vou-fingir-que-não-estou-nem-ligando-pra-ele-ficar-gamadão, aí eu não aguentei mais ser forte não, aí eu chorei, aí eu tô chorando, aí eu deixei a tristezinha dar uma escorada no meu ombro, só agora, meia noite, só agora eu vou ser fraca, em segredo, com as portas e as janelas fechadas e com a Luíza Possi cantando uma música triste de uma maneira alegre. Deixa eu ser triste só agora, vida. Deixa eu ser fraca só agora, sem ninguém ficar me dizendo que tenho que ser alegre, é pesado a gente TER QUE ser alegre, eu só quero ser espontânea. Aí eu começo a chorar por um motivo e tiro do fundo do coração outros tantos motivos guardados. E a saudade de morar com papai, mamãe e Su e do Xuxo (sim, eu tive um cachorro lindinho e coloquei esse nome brega nele e ele morreu e, desde então, eu não quis mais nenhum cachorro e nunca mais vou querer, eu acho). E o medo de não conseguir alcançar meus (inúmeros) sonhos, mesmo sabendo que eu vou conquistá-los, todos eles. Deixa eu chorar só mais um pouquinho, vida. Deixa eu ficar fraca só mais um pouquinho. Mais tarde vai ser de manhã e o sol vai iluminar a escuridão da noite e aí eu volto a ser forte, mas agora eu quero poder ser fraca.
Sobre o que sobrou
Uma foto. Eu, nossa amiga e ele. Foi o que sobrou a mim. Ele de camisa verde, lindo. E as lembranças de como ele estava chato comigo neste dia, jogando-me indiretas bobas do tipo “ela não sabe cozinhar”. Ele nem deve saber disso, mas essas coisas bestas que ele dizia só pra me cutucar me doíam de leve. Mal sabe ele que aprender a cozinhar é a menor das atitudes que eu estava disposta a conquistar por ele. Ele está perdendo uma grande mulher que, eventualmente, e como um pequeno detalhe a mais, aprenderá a cozinhar.
Neste mesmo dia, eu pedi a ele um abraço em meio a uma mesa de bar repleta de pessoas, ele fica sem graça com esse tipo de atitude, mas, mesmo assim, se desarmou e permaneceu abraçado comigo durante alguns minutos. E, logo depois, aconteceu um beijo de filme numa esquina qualquer, no meio da madrugada. Estas lembranças eu quero guardar no meu cofre de tesouros peculiares. É nesses minutos que a vida acontece de verdade pra mim.
Sobrou-me uma foto e muitas lembranças bonitas!
O apego não se desapega de mim
Não bastasse minha dificuldade em desapegar-me da pessoa, ainda existe a possibilidade de eu me mudar do apartamento em que moro e, somente agora, percebi que me apeguei a este lugar, exatamente do jeitinho que ele é. Nem vou me mudar de condomínio, olhei outros apartamentos aqui mesmo, mas fiquei triste, nenhum é tão delicadinho como este. Aqui, todos os espaços ocupados e até os desocupados se encaixam em mim e eu me encaixo neles.
Não quero me desapegar. Estou triste e esta possibilidade de mudança está me descendo como um pedaço de pedra no meio do feijão.
A gente vai ficando mais velha e cada vez mais apegada a lugares e a pessoas, é isso?
Sobre o meu reencontro com a solidão
Decidi abraçar minha solidão, não como uma entrega triste a um destino irremediável, mas como uma maneira de encarar a realidade sentindo paz. Se é assim que está sendo, então não vou lutar contra. Aceitar o que me acontece, aceitar o que sou.
E minha solidão não significa ausência de pessoas, sou cheia de bons amigos e tenho uma família maravilhosa que me apoia em tudo e sempre. Minha solidão é, antes, falta da pessoa. Mas existe o tempo que ameniza as saudades e os sentimentos fortes e latentes dentro de nós. Sobra também um sentimento de fracasso quando olho para o encontro de duas almas que se gostam e se encaixam e se complementam e, mesmo assim, mesmo depois de tanto esforço, restou apenas o desencaixe, a confusão, o desentendimento e a distância.
Olho para o horizonte, não consigo enxergar o que está lá na frente, mas há uma certeza dentro de mim de que coisas lindas e grandes e intensas e verdadeiras me esperam, independente do que e de quem estará lá. Eu, então, aceito que este é o curso, o caminho do rio da minha vida. A gente vai se esbarrando em pessoas que nos arrancam nossos melhores sorrisos e nosso maior sentimento de amor e a gente quer que isso continue e a gente tem mania de querer eternizar tudo e a gente quer que aquela pessoa fique pra sempre e a gente quer que aquela felicidade que habita no simples fato de se estar próxima àquela pessoa dure para sempre, mas não é assim que funciona. Sendo assim, só me resta agradecer à vida por ter me dado este presente que durou 5 meses e 2 significativos dias de minha vida.
Agora continuo seguindo meu caminho e a hora é de abraçar a solidão, até porque, momentaneamente, não sinto vontade de preecher o espaço que sobrou na minha cama e no meu coração com outra pessoa, só com a solidão. Como cantou a Marjorie Estiano, “vivo bem com a solidão”.
domingo, 24 de abril de 2011
Quando o que sobrou foi o não fazer mais nada
quarta-feira, 20 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Exercício para uma alma equilibrada
Um dia comum
Cristina chega em casa numa noite dessas de quinta-feira que acontece meio de supetão, tira seus chinelos e anda descalça pela casa como se essa fosse uma maneira de sentir-se livre, palavra esta que não tem se enquadrado em sua rotina (árdua) de quem está plantando sonhos.
Com os pés sentindo o frio do chão, esquenta no micro-ondas 3 almôndegas ao molho de tomate com ricota e acrescenta três bolinhas de mussarela de búfala, as quais achou, posteriormente, sem gosto, mas necessitava de proteína.
Após satisfazer sua necessidade alimentar, despe-se de suas vestimentas e entra embaixo do chuveiro como quem acredita que essa água jorrando em sua cabeça lhe trará novos ânimos e, porque acreditou, trouxe-lhe mesmo.
Somente após esse ritual, pega seu livro, seus marca-textos, seu abafador de sons e dedica-se aos seus estudos.
A vida de Cristina tem acontecido assim ultimamente, tudo no modo automático, sempre correndo contra o tempo, cada atividade é cronometrada. Cris tem sonhos grandiosos para sua vida, sempre teve. Agora mesmo está vivendo um dos que sonhou há tempos atrás. Cristina consegue alcançar seus sonhos, mas, enquanto está no período do plantio, sempre é afetada pelo medo e, às vezes, pelo desânimo. Logo depois, levanta-se e segue em frente. Não há tempo para se lamentar, só para batalhar.
Cris tem buscado equilíbrio, mesmo sendo este termo algo tão distante de sua personalidade.
E lá está Cristina, deitando-se em sua cama e sonhando com coisas que ela mesma não pode plantar, talvez somente Deus o possa e ela acredita firmemente em que Ele está justamente, neste exato momento, cuidando disso. Então Cris coloca sua cabeça no travesseiro e dorme como se recém-nascida fosse, sem se importar com o mundo caótico que acontece em sua volta, dorme simplesmente.
sábado, 2 de abril de 2011
6 de março de 2011
Hoje, na livraria, até fui abordada por alguém suficientemente interessante e agradável. Tive vontade de aceitar, despretensiosamente, seu convite para conversar sobre o Cisne Negro e pra conhecer melhor a pessoa agradável e simpática que aparento ser para ele. Mas não quero abrir mão do que sinto por você ainda, sobra sempre aquele fio de esperança como a arraia que se enrolou em mim quando eu tinha sete anos de idade; ela era apenas um fio imperceptível no mar, mas se envolveu em mim e, de repente, era uma bolsa enorme de ar. A minha esperança é um fiozinho imperceptível que, às vezes, incha como uma bolsa de ar.
Desabafo do dia 28 de fevereiro de 2011
Meu estômago sente essa acidez que o corrói, assim como o meu coração. O que mais me entristece é lembrar que eu vivia tão bem com a minha solidão. Eu era tão de cheia de mim, fazia questão de deixar bem claro para as pessoas que passavam pela minha vida que elas estavam só de passagem, que nem adiantavam as cobranças e, muitas vezes, fiz questão de vê-las uma única vez na minha vida e nunca mais. "Olha, querido, você é meu dia 1 de janeiro de 2010, aproveitemos esse único dia em que nos veremos na vida. Beijos". "Você quer exclusividade de mim, sendo que o que nós temos é apenas essa relação fake, o ficar? Nunca terá", eu dizia a eles. Eu até gostava de algumas pessoas, pra ter o coração, de qualquer maneira idiota, preenchido. Mas quando eles começavam a gostar de mim em troca, acabava todo o meu sentimento e eu ia embora correndo. Eu adorava as minhas relações platônicas, eu fingia que gostava de alguém qualquer, só pra fingir pro meu coração que havia alguém para ocupá-lo e eu criava um personagem perfeito para aquela pessoa, criava uma relação linda que só existia na minha cabeça. Sem aproximações, eu aqui, ele lá. Eu gritava aos quatro ventos que não precisava de nenhum homem para me sentir bem, completa e feliz porque eu já era essas 3 coisas sem a presença de nenhum deles, não fazia sentido me envolver com alguém.
Então você chegou e aconteceu o contrário. Você me roubou a solidão e não me ofereceu verdadeiramente companhia. Você foi a minha Renata. E agora eu sou uma daquelas pessoas idiotas que imploram a sua atenção. Idiota e ridiculamente. Você ganhou o prêmio. Conseguiu me fazer apaixonar por você, mas esse sentimento não te interessa e agora eu não sei o que fazer com ele. Uma hora, eventualmente, eu espero que acabe e que não demore muito porque tem me consumido de uma maneira que não é nada saudável.
O fantástico mundo de Remi
É incrível a capacidade que o mundo tem de me fazer remeter a você o tempo todo (já não bastasse a minha mente traiçoeira que me sabota o tempo todo ao não te tirar um segundo sequer dos meus pensamentos). Decidi tomar meu café da manhã em um café que tem aqui no life, é minha primeira vez aqui. Está tocando Adriana Calcanhoto e eu estou degustando uma tapioca maravilhosa com café com leite, enquanto aguardo meu cuscuz. As pessoas conversam sobre Fortaleza e o beach park e eu estou morrendo de vontade de apertar send no meu celular quando aparece seu nome na tela (claro que não tive coragem de apagar o seu número) e te dizer o quanto você seria a melhor companhia para este momento!Tenho sentido vontade de assistir o sol nascendo e também te imagino ao meu lado, na beira do lago, visualizando o espetáculo da natureza, onde a escuridão da madrugada cede lugar aos raios luminosos do sol, sentiríamos frio e nos abraçaríamos, não precisaríamos dizer nada porque as palavras estariam implícitas em nós, no nosso abraço de encaixe perfeito e na paisagem diante dos nossos olhos. A minha alma começaria a cantar uma canção nova, desconhecida, uma canção sem letra, apenas sons, leves, de paz.O meu cuscuz chegou e eu parei para apreciá-lo. Como é divino comer algo tão maravilhoso.Lembro que não te tenho aqui. Estou em paz, mesmo que profundamente triste.