É pequeno, é bobo, é
insignificante, mas vem me beliscar vezenquando. É um cansaço que,
de tão cansado, já me fez cansar de estar cansada dele. É uma
angústia de não aguentar mais esperar por algo que eu não devia
estar esperando. Dizem que só chega quando a gente para de esperar.
E eu estou, lá, sempre esperando.
Hoje cansei muito de
novo. Chorei por um motivo bobo. Essa fase de estudos pré-edital
acaba com o meu emocional. Eu me cobro, eu só tenho tempo para
estudar, eu me acho feia (até porque passo longe do salão de
beleza), eu invento minha própria dieta agradável e fico... hum...
gorda! Eu tenho que correr contra o tempo, cada segundo é precioso.
Se paro para fazer meu lanche da tarde, perco minutos em que poderia
estar aperfeiçoando meu aprendizado sobre a grafia das siglas (caiu
isso numa prova da FGV e eu errei a questão, acredita?). É um
turbilhão de pressão entulhado dentro de mim, que, quando acha uma
brecha, detona o meu emocional. E, hoje, ele conseguiu.
Liberei palavras
negativas, o tal do turbilhão sabe meu ponto fraco. Falei o que não
devia. Lembrei uma frase talvez do Caio Fernando – o amor não é
para o teu bico – e digo que o amor é para o meu bico sim, se ele
é para o meu coração, se eu sei senti-lo, eu sei vive-lo. Eu não
nasci apenas para sentir o amor, eu nasci para vive-lo. Chega de
brevidades, de talvezes, de efemeridades; eu quero concretudes.
Bem que meu horóscopo disse que eu estava numa fase de "procurar cabelo em ovo", é, não só o procurei como o encontrei!
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